sábado, 30 de novembro de 2013

Diário feminino de uma apresentação de TCC

12h - acorda (pq ficou nos últimos retoques até 5h da amanhã) arrasada pq não deu tempo de retocar as luzes.
13h30 - dentista.
14h - vasculha o shopping em busca de uma blusa para o terninho. Na dúvida, compra duas.
14h40 - grita com o animal que deu ré espartanamente, como se não existisse ninguém atrás dele e agradece a Deus por não ter batido nesse dia tão complicado.
15h - discute na loja que está enrolando o conserto do IPod do filho.
15h20 - chega a segunda integrante tranquila, mostrando as blusas que comprou para o terninho. Na dúvida, comprou duas. Arrasada pq não deu tempo de retocar o cabelo.
15h30 - marcação do tempo da apresentação.
16h - chega a terceira integrante apavorada, mostrando as blusas que comprou para o terninho. Na dúvida, trouxe várias. Não comenta nada, mas, provavelmente está arrasada pq não deu tempo de arrumar o cabelo.
18h - as três andam pela casa declamando textos, inventando melodias, cortando pranchas, colando e comendo sequilhos. De vez em quando uma delas pergunta: "alguém quer Rivotril?"
19h - começa o desespero.
19h25 - outra grita: "sete e meia! alguém vai tomar banho!"
19h27 - início dos banhos, secador, maquiagem, experimentação de roupas.
"Tô baranga?" "tá".
20h20 - "tô descendo" "já peguei seu notebook!!!" "cadê a sombrinha?" "esquece o cabelo, tá na hora!" "fica tranquila, agora não tem trânsito".
20h30 - engarrafamento na AMAN...
20h55 - "qual é a sala?" "manda msg pra Júlia!"
21h - "alguém quer Rivotril?" "eu quero"
22h - APROVADAS
Conclusão: Existem poucas coisas piores na vida...

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Momento crítica rabugenta: Dirty Dancing na sessão da tarde. 
"Ninguém coloca Baby no canto" (risos)
Patrick Swayze ululante
Jennifer Grey idêntica ao Sean Penn
Ceninhas frenéticas
E só consigo pensar em uma coisa: e se tudo aquilo fosse verdade e a personagem principal que foi tirada de surpresa pra apresentar a dança final, de vestido rodadinho, não estivesse de calcinha nova?

domingo, 15 de setembro de 2013

Sabe uma coisa que me deixa intrigada?
Por quê as mulheres se esforçam tanto para provar aos homens que têm muito valor?
Veio a revolução feminina e aparentemente todas conseguiram o que queriam, cada uma a seu modo e na sua área: trabalhar fora, encenar em palcos, ter direito ao voto, sentar no bar/beber/falar palavrão, abrir oficina mecânica, ter dois maridos, tirar a parte de cima do biquíni em lugares públicos...
Enfim, uma série de "inovações" boas e más, no cotidiano feminino.
Porém, mesmo após toda essa luta, ainda é preciso travar uma batalha para que o fato seja reconhecido?
Basta observar que a Internet está repleta de mensagens escritas por mulheres, alardeando as vantagens de ser mulher.
Já sobre os homens, nada recebemos, nenhuma profusão de textos dizendo que são melhores ou que é mais vantajoso ser homem.
Por quê?
Porque eles não sentem essa necessidade e nem dão atenção à isso.
Porque quem é seguro de si, não precisa se preocupar em provar NADA!

Esses dias estava ouvindo uma amiga se lamentar, contando todas as coisas que havia dito para um cara que claramente não a merecia. Tentava provar a ele que era uma mulher que ele não deveria ter deixado escapar.

No fim do discurso, perguntei a ela:
Você não acha que se é preciso dizer tudo isso para que ele possa enxergar que é uma boa pessoa, isso  mostra que não deveria estar perdendo o seu tempo com esse cara?

Esqueçam as provas.

Prova é coisa de gente insegura, chata e carente.
(e hoje eu tô sem paciência)

sábado, 10 de agosto de 2013

Meu querido amigo

Madrugadas insones
gramas casuais de algum calmante
preocupações esparsas, desavenças, correria
Perdemos tempo com isso.
Desgastes da banalidade, tão efêmeros... 
permitimo-nos gastar tempo com eles, enquanto há tantas coisas mais importantes e iminentes.
Mas não percebemos a urgência
até que algo irrevogável acontece
e parece que tudo não possa de um breve momento
e de repente, todas aquelas preocupações deixam de ser importantes:
as ligações que você esperou
as expectativas que conservou
as batalhas que não venceu
as coisas materiais que buscou
Tudo perde a importância diante da impermanência
Tudo perde a vultuosidade diante da dor da constatação de que tudo passa
muito rápido.
Sentiremos saudades, amigo. Você é uma pessoa rara.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

As mudanças precisam começar no interior de cada um.
Não adianta nada ir pras ruas, tirar foto bonita pra postar no FB e continuar com as mesmas hipocrisiasinhas diárias.
Dessa forma, nunca haverá mudança externa.
O que falta nesse país é coragem.
Poucos tem coragem de ter opinião própria e de defender isso.
A maioria segue a multidão, mas se cala qdo precisa mostrar a cara.
Observamos isso nos pequenos atos cotidianos: na bajulação, no silêncio apaziguador, no "eu não disse isso", no fechar dos olhos.
A euforia desse momento irá passar e de nada adiantará se cada um não trabalhar a sua reforma interna.

terça-feira, 5 de março de 2013

As Horas

Descasquei seis meias-luas
Tomei um Malbec
Atormentei o Moon com questões psicológicas
Divaguei sobre assuntos teológicos.
e a madrugada passou...