sexta-feira, 16 de maio de 2014

A elevação da voz, o grito no escuro, a corrida veloz em busca do vento, que se esvai.
Quem saberá, ao certo, a distância das horas inteiras, que se fazem meias, ao longo do dia?
Quem conhecerá a distância do caminho que nos leva ao encontro do véu que separa o dia da noite, a solidão da festa, a sorte da morte?
E quem vislumbrará os recônditos escuros do mundo invisível que rodeia todos os seres palpáveis e estáticos?
Que nossas almas estejam resguardadas da luxúria, dos vícios e do pudor excessivo que invade as salas dos lares distintos, causando mais devassidão.
Que Deus nos proteja e que a vida nos cure de um possível desequilíbrio: da loucura, do medo da falta e do desejo de ter tudo, a todo momento.
Que possamos levitar sem reservas e sem panos cobrindo o que mais tentamos esconder: a nudez clarificada da alma e o nosso mais profundo anseio pela liberdade, pelo amor, pela ausência de dor e principalmente pela fé.